quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Ano da Fé: O “CREDO” DO POVO DE DEUS (1)

10º ANIVERSÁRIO DA PROCLAMAÇÃO PELO PAPA PAULO VI NO ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ
PUBLICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO
PROFISSÃO DE FÉ
CREMOS, em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, Criador, das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador das coisas invisíveis, como os puros espíritos, que também são denominados Anjos; e Criador, em cada homem, da alma espiritual e imortal.
Pense sozinho, ou em grupo:
- Qual é a meta suprema da criação? – “Como o Pai tem a vida em si mesmo, assim, também deu ao Filho o ter a vida em si mesmo” (Jo 5, 26). Esta fonte de vida, se transfunde para nós (Jo 6, 57).
- Somos imagens verdadeiras de Deus: (Gen 1, 26-27).
- Creio que Deus Trino significa: eu tenho toda a certeza de que sou chamado, desde já, a participar de Sua vida e, na eternidade, nunca mais deixar de ser feliz n’Ele e com Ele.
CREMOS que este Deus único é absolutamente uno na sua essência infinitamente santa, assim como em todas as suas perfeições, na sua onipotência, na sua ciência infinita, na sua providência e no seu amor. Ele é Aquele que é, como Ele mesmo o revelou a Moisés;ii Ele é Amor, como no-lo ensinou o Apóstolo São João;iii de tal maneira que estes dois nomes, Ser e Amor, exprimem inefavelmente a mesma divina realidade d’Aquele que se quis dar a conhecer a nós e que, <habitando uma luz inacessível>iv, é, em si mesmo, acima de todo nome, de todas as coisas e de toda inteligência criada. Só Deus pode dar-nos o conhecimento exato e pleno de sim mesmo, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo, de cuja vida eterna somos chamados a participar, aqui na terra, na obscuridade da fé, e, depois da morte, na Luz eterna. As relações mútuas que constituem eternamente as três Pessoas, que são, cada uma delas, o único e mesmo Ser divino, são a bem-aventurada vida íntima de Deus três vezes santo, infinitamente acima de tudo o que podemos conceber à maneira humanav. Entretanto, rendemos graças à Bondade divina pelo fato de numerosíssimos crentes poderem dar testemunho conosco, diante dos homens, da Unidade de Deus, embora não conheçam o Mistério da Santíssima Trindade.
Pense na felicidade dos santos que sabem sua vida totalmente entregue a Deus, abrigando no seu poder e amor:
Sl 94,22: O Senhor certamente será o meu refúgio, e meu Deus, o Rochedo em que me abrigo.
Cântico de Moisés: Deut 32,10: a solicitude suprema de Deus para conosco.
Deut 32,18: o pecado é autodestruição. É abandonar o Rochedo seguro e perecer em terreno movediço.
- O amor de Deus é totalmente gratuito, é
- graças:
1Jo 4,10: “nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado e enviado seu Filho para expiar os nossos pecados”.
- Não se pode conhecer Deus lPai sem estar em intimidade com Jesus Cristo: Mt 11,27.
- Que significa “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”: Jo 15,4.9-10.
- Como é que você rende graças à Bondade Divina?
Você já descobriu a pura beleza das seguintes orações:
“Te Deum” e “Glória a Deus nas alturas”?
CREMOS, portanto, no Pai que gerou eternamente o Filho; no Filho, Verbo de Deus, que é eternamente gerado; no Espírito Santo, Pessoa incriada, que procede do Pai e do Filho, como eterno Amor. Assim, nas três Pessoas divinas, coaeternae sibi et coaequales,vi superabundam e consumam-se, na superexcelência e glória próprias do Ser incriado, a vida e a felicidade de Deus perfeitamente uno, e sempre deve ser venerada a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade.vii
“Aquele que me vê, vê o Pai”: (Jo 14,9).
- Leia o hino “Santo, Santo, Santo…” em (Apoc 4,8).
- Reflita o que significa o gesto de os santos depositarem diante do Deus Santo o diadema da graça e da sua vitória, de terem na mão a cítera da festa que não tem fim, e o perfume da oração que é força e imortalidade (Apoc 4,10).
- Você sabe adorar Deus?
CREMOS em Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o filho de Deus. Ele é o Verbo eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial ao Pai, homoousios to Patri,viii e por Ele tudo foi feito. Ele encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem. Portanto, é igual ao Pai, segundo a divindade, e inferior ao Pai segundo a humanidade,ix e é uno, Ele próprio, não por uma impossível confusão de naturezas, mas pela unidade da pessoa.x
Pense sobre o mistério duplo:
- Jesus é igual a Deus (Jo 14,9) e todavia obediente como homem (Jo 6, 38-39);
- Jesus é servo humilde (Fil 2, 7-8) e Senhor do Universo (Fil 2, 6 . 9-10)
“Ao nome de Jesus se dobre todo joelho proclamando JESUS CRISTO É O SENHOR” (Fil 2, 10-11)
Ele habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, Ele anunciou e instaurou o Reino de Deus e nos fez conhecer nele o Pai. Deu-nos o seu mandamento novo de nos amarmos nuns aos outros como Ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das Bem-aventuranças evangélicas: pobreza de espírito, mansidão, sofrimento suportado com paciência, sede de justiça, misericórdia, pureza de coração, vontade de paz, perseguição suportada pela justiça. Padeceu sob Pôncio Pilatos, Cordeiro de Deus que carregou sobre si os pecados do mundo: morreu por nós na Cruz, salvando-nos com o seu sangue redentor. Foi sepultado e, por seu próprio poder, ressuscitou ao terceiro dia, elevando-nos por meio de sua Ressurreição à participação da vida divina, que é a vida da graça. Subiu ao céu e virá de novo, mas desta vez com glória, para julgar os vivos e os mortos: cada um segundo os seus méritos – os que corresponderam ao Amor e à Misericórdia de Deus, indo para a vida eterna; os que os recusaram até o fim, indo para o fogo que não se extinguirá jamais.
E o seu Reino não terá fim
Medite a lei do amor: “como eu vos amei” (Jo 13, 34-35).
- Leia as Bem-aventuranças: (Mt 5, 3-11).
- Leia o apelo final: “Alegrai-vos e exultai…” (Mt 5, 12).
- Reflita sobre a condição de vivermos o amor de Deus: “O que fizerdes a um destes mais pequeninos…” (Mt 24,40).
CREMOS no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida; que é adorado e glorificado com o Pai e com o Filho. Foi Ele que nos falou por meio dos profetas; Ele nos foi enviado por Jesus Cristo, depois da sua Ressurreição e da sua Ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e conduz a Igreja; Ele purifica os seus membros, se estes não se furtam à ação da graça, que penetra no mais íntimo da alma, torna o homem capaz de responder ao apelo de Jesus: “sede perfeitos, como também é vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48).
Pense o quanto o Espírito Santo é fruto do sofrimento e da ressurreição de Jesus Cristo (Jo 7, 37-39).
- Podemos nós recebê-lo, se não estamos, unidos ao Cristo na Cruz e na glória?
- O Espírito Santo transforma-nos paulatinamente na mesma imagem divina (2Co 3, 18).
(Continua)

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