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UMA VIDA DEDICADA À LEGIÃO
Edel Quinn nasceu no dia 14/09/1907, em Greenane, perto de Kanturk, no Condado de Cork (Irlanda).
Era uma simples moça irlandesa que, "pelo extraordinário exemplo de sua vida, viria a alterar o curso da história". Nada, em sua meninice e adolescência, faria prever sua futura glória: era uma garota encantadora, alegre e atraente, como tantas outras.
Edel conheceu a Legião através de uma amiga. Esta recusou um convite de Edel para ir até sua casa, alegando que tinha de ir a uma reunião da Legião de Maria.
Edel interessou-se pelo movimento e quis participar da reunião. Tornou-se, então, membro ativo e, após dois anos, era já presidente de um praesidium encarregado da recuperação de mulheres decaídas. Edel era totalmente devotada à causa legionária.
Em 30/10/1936, partiu para a África Oriental, como Enviada da Legião, dedicando-se a um apostolado heróico até a morte, por 7 anos e meio, sem nunca voltar à pátria e rever a família.
Apesar de dificuldades tremendas, conseguiu estabelecer a Legião em todo o território do Vicariato de Zanzibar. Depois, animada de incansável zêlo, apesar da saúde sempre delicada (por causa da tuberculose), percorre os imensos territórios de Kenia, Tanganika, Uganda, Niassaland e ilhas Mauritius.
Em obrigada, algumas vezes, a um repouso forçado em hospitais, mas, ainda assim, prosseguia em seu apostolado, através da oração e da correspondência.
Em 1943, escrevia uma testemunha ocular a seu respeito: "Não está curada. Está pesando muito pouco e lhe é muito penosa a presente estação de chuvas. Tem dificuldades para respirar. Qualquer esforço físico, mesmo leve, deixa-a sem fôlego e necessitada de descanso. É uma criatura extraordinária, um magnífico exemplo de vocação cumprida com integral fidelidade".
Todos os que a conheceram de perto observaram que, sob a intensa atividade exterior, escondia-se uma profunda vida de união com Deus. A Missa, desde a juventude até o final, foi o centro de sua vida. Chegava a viajar horas e horas em jejum - certa vez ficou 17 horas sem comer - só para poder receber a Santa Comunhão. Atribuía ela ao Santíssimo Sacramento a graça de poder prosseguir na luta: "Como a vida seria solitária sem Ele", escreveu certa vez.
Seu imenso amor pela Virgem Mãe de Deus, sua confiança e total dependência de Maria, impregnava todos os aspectos de sua vida, tendo alcançado um grau pouco comum de união com Nossa Senhora. Quando lhe perguntaram se alguma vez lhe tinha recusado alguma coisa, respondeu: "Não, nunca lhe neguei nada, em tudo quanto me pareceu ser a sua vontade".
Conservou-se sempre alegre até o fim. Um sacerdote, que a visitou poucos dias antes da morte, encontrou-a de "extraorinário e contagiante bom humor". O fim foi repentino. Tomada de surpresa, apenas perguntou: "O que está acontecendo comigo? Será que Jesus veio me buscar?"
Foi no dia 12/05/1944. O seu falecimento foi comunicado a Dublin, centro da Legião de Maria, por telegrama expedido pelo Exmo. Sr. Cardeal Secretário de Estado de Sua SAntidade, quando - estando ainda a Europa em guerra - a notícia chegou ao conhecimento do Vaticano. Em Nairóbi, onde estabelecera a sua primeira Curia anos atrás, foi sepultada em cemitério reservado aos missionários.
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