No século XI vivia, num mosteiro, perto do lago de Constança, Suíça, o monge germano Contractus. Paralítico desde seu nascimento, aos sete anos foi confiados por seus pais aos monges do Mosteiro de São Galo. Foi admitido como monge e teve sua vida marcada pelo sofrimento, a ponto de escrever:
"De três modos pode-se sofrer: estando inocente, como Jesus na cruz; estando culpado como o bom ladrão, e para fazer uma penitência. Eu quero carregar minha cruz para satisfazer por meus pecados e pelos pecados dos outros. É este o meio mais seguro de se chegar à glória do céu. Mas, sinto-me muito fraco. O demônio quer fazer-me vacilar. Mãe do Céu, ajudai-me, para que, como vós, eu não murmure e não me queixe, mas reconheça no sofrimento uma prova de amor de Deus."Dia 15 de novembro de 1049, sofrendo de modo especial, rezou diante de um quadro de Nossa Senhora, por quem tinha uma devoção especial. Em seu coração, nasceu a prece:"Salve, Rainha, Mãe da misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Ei-a, pois, advogada nossa, esse vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Maria".A expressão "ó doce sempre virgem maria, rogai por nós" foi acrescentada mais tarde.
Fonte: Dicionário Mariano, Editorial Perpétuo Socorro, Porto, 1988 e o livro Com Maria a Mãe de Jesus, Paulinas, São Paulo.
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